sexta-feira, 16 de julho de 2010

da incomunicabilidade I

deixar de mim apenas um risco intenso
esses poemas de poucos verbos
tudo o que poderia ter sido ação demais
a verdade do que foi e teve seu fim digno
deixou para trás o que poeira dissolveu

tanto despeito meus poemas não são difíceis
virar a página e toda poesia já subtexto
despertar e todo amanhã já presente
falecer e toda vida já memória

publicado já o título não comporta esses versos
deixar para trás os endereços a família

2 comentários:

  1. renascer, ser o que vier, já é. cumpre destino.
    como dizia o velho Manoel: "ninguém consegue fugir do erro que veio..."
    parabéns
    volto

    ResponderExcluir
  2. o pôr-do-sol está sempre lá para ser lido, até quando não se vê. ou se percebe ele, ou se percebe outra coisa.

    sim
    sim

    ResponderExcluir