terça-feira, 29 de junho de 2010

pensava no carrinho de rolimã

o que eu precisava era de matar o meu amor um pouquinho. eu continuava amando de enorme, mas as coisas que eu deixava de doer é que eram. eu precisava mesmo era de nem ter chegado nisso de amor, que o meu é imensidão demais, mas quem faz que volta essa coisa que é toda que é? o que eu precisava agora nunca que dá tempo de ser e já era outra coisa que eu teimo que é o mesmo meu amor que nem foi que nem seria mais. eu precisava, mas não é preciso viver quanto necessário é.

sabemos de cor a auréola das horas

sabemos de cor a auréola das horas
ainda assim, fazemos passar a dor no céu
vale o peso de meio corpo doado aos santos
mas o santo inteiro doa seu corpo éter ao peso
e que fazemos com toda essa míngua
a sapiência a sabedoria, o saber
que fazemos com tudo isso quase nada aqui dentro
deixa passar a dor dos seus olhos nela
deixo e eles me voltam ao seio
a sapiência a sabedoria o saber
e a melhor noite da vida a selar o passar das horas de uma
______________________ [vida inteira

quinta-feira, 3 de junho de 2010

que filiar o outro é toda mãe que eu sou
mas meu cordão d'umbigo rompe antes dos mês
a coisa toda do meu amor vai d'embora
só fica eu mais as crianças

no dia que os olhos do outro se acorde
lá estou eu de fora daqueles ventrão todo
e hei de tá fora pra mor de olhar ni mim meus santo
mas daquela força imensã

se desce das corredeira não que vem chuva:
não foi nem chuva veio
vai banhar comigo nas cachoeira
veio ribeirão de água e levou nós

mas três avemaria e passa o pai
e se passar, meus santo que me acode pra eu não querer filho dele nenhum