sexta-feira, 16 de julho de 2010

da incomunicabilidade I

deixar de mim apenas um risco intenso
esses poemas de poucos verbos
tudo o que poderia ter sido ação demais
a verdade do que foi e teve seu fim digno
deixou para trás o que poeira dissolveu

tanto despeito meus poemas não são difíceis
virar a página e toda poesia já subtexto
despertar e todo amanhã já presente
falecer e toda vida já memória

publicado já o título não comporta esses versos
deixar para trás os endereços a família

lançamento

Caros "leitores" (por mais irônico que seja tratá-los assim neste blog),

Tenho o prazer de convidá-los para o o lançamento do meu segundo livro de poemas, você não lê, que sairá pela editora oficina raquel junto com as medicinas, de sebastião edson macedo.

A noite de autógrafos ocorrerá no dia 20 de julho, terça-feira, no Bar Luis, a partir das 19h.

Bar Luis:

Rua da Carioca, 39 • Centro • Rio de Janeiro.


Junto com o livro, sairá o cd lida, com leituras de alguns poemas do livro por Ronaldo Lima Lins, Cinda Gonda,
Sebastião Edson Macedo, João Pedro Fagerlande, Manuela Berardo, PH Wolf, Jimmy Charles Mendes, Rafael Lemos e Rayssa Galvão. Participaram também, no violão: Gabriel Otoni e Rodrigo Pastore, baixo: Rodrigo Pastore, flautas: Arthur Souza e Sebastião Edson Macedo, sanfona: Fred Michael Tkotz. o Rodrigo e o Gabriel foram os produtores.

Confira algumas faixas no www.myspace.com/pastorejulia.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

tem gente que eu olho e fico numa nostalgia de tempo
mas que passa porque não é naquela gente que eu sinto
é na gente que conhece a gente que eu amo
é no que eu fui sem ter me dado conta e hoje
eu olho e me vejo tão estúpida, mas uma nostalgia

eu tenho a minha gente que eu amo e que me desperta
mas tem gente que me faz lembrar delas e é mais estranho que amar gente
e é maior, porque é um amor escondido na indiferença

eu tenho o que eu me amo em mim
mas tem gente que me traz uma que fui e não me escondo na indiferença
e é um sentimento que tudo está acabando
que os ápices são desgastes e que tudo
pode acabar o que
eu sinto e tudo os ápices

e não é a gente que move isso tudo agora foi
apenas o meu anel que eu rodei parecia uma lagarta